O CONSUMO INDISCRIMINADO DESSE RÉMEDIO
PODE CAUSAR DANOS A SAÚDE DO SEU FILHO
CUIDADO!
Os diagnósticos caseiros estão pra todo lado. Se com adultos, isso já é um risco freqüente, esse hábito de maneira alguma deve ser levado para as crianças.
Os antibióticos, um dos campeões da automedicação, precisam de atenção especial.
E, não é porque tal remédio fez bem para o filho do vizinho, que irá servir para seu pimpolho também. Lembre-se: cada caso é um caso! Para esclarecer todas as suas duvidas sobre os antibióticos, consultamos um especialista no assunto. Confira!
AS INDICAÇÕES
Em geral, os antibióticos são indicados pelos profissionais para tratar doença causada por bactérias, como amidalites purulentas (inflamação da amídala com pus), otites médias agudas (inflamação de ouvido), sinusites bacterianas, pneumonia bacterianas, infecção na pele, entre outras.
A febre é um sintoma muito comum em alguns casos e, por isso, não é raro os pais correrem para a farmácia mais próxima e logo dar um antibiótico para o filho, uma atitude errada. Embora as doenças febris em crianças possam ter, e frequentemente têm causas bacterianas, a imensa maioria delas é causada por vírus, principalmente nas crianças menores de cinco anos.
De acordo com os especialistas, as viroses têm um curso limitado, que não é alterado pelo uso de antibiótico. A exceção acontece se ocorrer alguma complicação bacteriana secundaria durante uma doença causada por vírus. Traduzindo: se seu filho estiver com um resfriado (doença viral) e, durante esse período, tiver uma inflamação no ouvido, sinusite ou até mesmo umas pneumonias, ai sim pode ser indicado um antibiótico. Mas somente um bom acompanhamento pediátrico pode detectar esses problemas conjuntos e recomendar o tratamento correto.
QUAIS SÃO?
Os antibióticos mais receitados pelos profissionais para o tratamento com as crianças são a amoxicilina, a amoxicilina com clavulanato, a azitromicina, a cafalotina e o cefuroxime.
Uma recomendação importante é não interromper o tratamento.
Mesmo que a criança já se sinta melhor nos primeiros dias após tomar o remédio, a interrupção pode fortalecer as bactérias causadoras da doença e ai, a cura se torna mais difícil. Por conta disso, muitas vezes os cuidados devem ser recomeçados.
Também procure sempre respeitar os horários indicados na receita médica, pois estão de acordo com o tempo de ação contra as bactérias que, são micro-organismos vivos e estão lutando por sua sobrevivência.
Tão importante como todas as dicas, é perguntar para o pediatra se o medicamento receitado deve ser tomado próximo as refeições. Isso porque, alguma substancia têm seu efeito reduzido quando tomadas na presença de leite e outros alimentos.
PERIGO!
De acordo com o especialista não são poucos os perigos para o uso incorreto do antibiótico, podendo causar conseqüências muitos graves ao filhote. Individualmente, ocorre-se o risco de efeitos adversos inerentes a todo medicamento. No caso dos antibióticos administrados pó via oral, é comum o aparecimento de sintomas gastrintestinais que necessitam de orientações médicas para serem prevenidos e tratados, alerta. Entretanto, a conseguencia mais seria da automedicação com os antibióticos é a seleção de bactérias resistentes no organismo individualmente e na comunidade, complementa o especialista.
RESISTÊNCIA
Uma das preocupações desta área médica é que desde a descoberta da penicilina (primeiro antibiótico), em 1942, profissionais têm assistido ao aparecimento de diversas bactérias resistentes a todos aos tipos de medicamentos com ação antibiótica, mesmo aos recém-introduzidos na sociedade. Já existem bactérias multirresistentes a vários antibióticos e representam um desafio cientifico. Somente um uso judicioso dos antibióticos já disponíveis pode retardar este processo e evitar um esgotamento de recursos da Medicina, acentua o especialista, muito cuidado ao medicar seu filho!
NÃO É PORQUE TAL REMÉDIO FEZ BEM PARA O FILHO DO SEU VIZINHO, QUE IRÁ SERVIR PARA SEU PIMPOLHO TAMBÉM.