
A depressão pós parto masculina é pouco conhecida, porém é bem comum. Um estudo aponta que, do início da primeira gestação da mulher até o bebê completar um ano, um a cada dez homens tem a doença.
O dado faz parte de uma revisão de 43 estudos, com 28 mil participantes, publicada recentemente no “Jama”, periódico da Associação Médica Americana. Outros estudos apontam que, entre as mulheres, a taxa de depressão é de 15% a 20%.
A análise revela também que o período entre o terceiro e o sexto mês de vida do bebê é o mais crítico para os homens. É nessa fase que 25% deles sofrem de depressão.
Por outro lado, os três primeiros meses após o nascimento são os menos problemáticos, quando apenas 7,7% dos pais desenvolvem depressão pós-parto. O motivo seria que, nesses meses, a vida é muito corrida e o homem só começa a se dar conta do que está acontecendo depois do terceiro, quarto mês.
Vários fatores que coincidem nesse período podem funcionar como gatilho da depressão masculina. Por exemplo, muitos homens sentem-se inseguros em relação aos cuidados com o bebê e à disponibilidade de tempo necessária para ter uma participação ativa na criação do filho. Outros não conseguem entender as mudanças da mulher em relação à sexualidade e à forma como vê seu corpo na
gravidez.